Talvez você não conheça o cara da foto (abaixo) mas com certeza já aplicou alguns dos Princípios para um Bom Design mesmo sem saber, seja você um Design Gráfico, Design de Games, Design de Interiores, Design de Moda, Design de Produto, etc.
Dieter Rams é um dos mais influentes designers do século XX. Nascido na Alemanha em 1932, tem seu trabalho ligado intimamente à empresa Braun onde foi diretor de design por cerca de 30 anos.
Naquela época, todas as empresas desenvolviam os mesmos projetos com madeira marrom, porém os irmãos Braun tinham ideias novas e queriam mudar toda a linha de produtos.
A missão de Rams, recém contratado da empresa, era trazer inovação por meio de um design moderno e ele acreditava que era possível melhorar a estética, uso e venda dos produtos da empresa. E o fez com louvor!
Muitos de seus produtos tornaram-se referência pelo ótimo design e hoje estão em exposição em diversos museus, incluindo o MoMA, em Nova Iorque.
“Penso que os bons designers devem ser sempre vanguardistas, sempre um passo à frente dos tempos. Devem — e têm — de questionar tudo o que geralmente é considerado óbvio. Devem ter intuição para a mudança de atitudes das pessoas.
Para a realidade em que vivem, para os seus sonhos, os seus desejos, as suas preocupações, as suas necessidades, os seus hábitos de vida. Têm também de ser capazes de compreender realisticamente as oportunidades e fronteiras da tecnologia.”
Dieter Rams
Dieter Rams introduziu então a ideia de desenvolvimento sustentável e que obsolescência seria um crime ainda em 1970. Então ele propôs a si mesmo a pergunta: Meu design é um bom design? Ele deu a resposta em forma de 10 Princípios para um Bom Design:
1 – É inovador
As possibilidades para inovar não pode ser exauridas. Desenvolvimento tecnológico sempre estará oferecendo novas oportunidades para design inovador. O design criativo se desenvolve em paralelo com o aprimoramento da tecnologia e não ser um fim em si mesmo.
2 – Torna o produto útil
Um produto nasce para ser útil. Ele não tem que satisfazer apenas a funcionalidade, mas também a critérios psicológicos e estéticos. Bom design enfatiza a utilidade de um produto e descarta qualquer coisa que vai contra.
3 – É estético
A qualidade estética de um produto compõe com a utilidade porque eles serão utilizados todos os dias e afetará as pessoas e seu bem-estar. Apenas objetos bem executados podem ser bonitos.
4 – Torna o produto compreensível
Deixa claro como é a estrutura do produto. Melhor ainda, faz com que o produto expresse como funciona, fazendo o usuário o utilizar intuitivamente. Na melhor das hipóteses, ele será autoexplicativo.
5 – Não é obstrutivo
Produtos criados para um propósito são como ferramentas. Não são objetos decorativos nem peças de arte. Seu design deve ser neutro e restrito, para abrir caminho para que o usuário de expresse.
6 – É honesto
Ele não faz um produto mais inovador, poderoso ou valioso do que realmente é. Ele não tenta manipular o usuário com promessas que não pode cumprir.
7 – Durável
Ele evita ser fashion, para nunca parecer ultrapassado. Ao contrário do design de moda, ele durará muitos anos mesmo com a sociedade descartável de hoje em dia.
8 – É meticuloso até o último detalhe
Não há nada nele arbitrário ou deixado por acaso. Cuidado e precisão no processo de design mostra respeito com o consumidor.
9 – É amigável ao meio ambiente
O design faz importante contribuição para preservação do meio ambiente. Ele conserva recursos e minimiza poluição física e visual durante todo o seu ciclo de vida útil.
10 – É o mínimo design possível
Mínimo, mas melhor, porque se concentra nos aspectos essenciais sem se sobrecarregar com os não essenciais. Se volta para a pureza e para a simplicidade.
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